quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

atenção: esse é só mais um amontoado de palavras insones. palavra - lavra: aqui cresce feito erva daninha, com cuidados indevidos de bonsais fruteiras do sul - nunca é época. palavra - lavra: alergia coça garganta, coça olho, palavra dentro coça também. e a insônia é algo tão pouco incidente na minha vida, que eu deveria vir aqui e dizer que ela coça também - pela palavra [igual fio de cabelo que no vento sutil desenha passos de inseto sobre a pele]. pelas palavras que maturam e se perdem [vivo perdendo grampos e tarrachas]; as que você me diz e eu guardo tudo-tudinho com medo do demônio do esquecimento [e já chegamos à conclusão de que o esquecimento é pior que a morte]. todas pelas quais me levanto e elas: - ainda não. [tanto terreno de nadas, deserto] onde estarão os ossos de la que sabé? quem sabe, não jogamos pega-vareta - a mulher lúdica -, ou escrevemos na areia seca com os ossos, lembrando do lápis do mar, .. palavras? qual o que! isso tudo é só o caminho em que deixo cair as palavras-pedrinhas para me lembrar do caminho de casa. como o rio seco pinta a terra com as setas para a nascente. (às vezes é bonito o que um rio - ou sua palavra - faz).

Nenhum comentário:

Postar um comentário